Ficar parado não é uma opção no mundo da moda.
Uma das formas que as marcas encontraram para se manterem relevantes e engajar o público é através das collabs. Quando bem-feitas, elas são um movimento estratégico de marketing que oferece algo novo para os consumidores e gera valor real para os negócios.
Tanto para grandes marcas globais quanto para marcas nichadas e independentes, unir forças com o parceiro certo pode abrir portas que, sozinhas, seriam inalcançáveis. Vamos explorar o universo das collabs entre marcas, entender o que elas podem fazer pela sua marca e como planejar uma com impacto de verdade.
O que é uma collab entre marcas?
Uma collab entre marcas acontece quando duas empresas se unem para criar algo novo: geralmente um produto, coleção ou campanha de edição limitada que mistura elementos das duas marcas. Na moda, isso pode significar uma marca de streetwear fazendo parceria com uma grife de luxo, ou uma marca de tênis colaborando com um artista ou ícone da cultura pop.
O objetivo? Criar desejo, alcançar novos públicos e oferecer algo exclusivo que os fãs não encontrariam em outro lugar. Quando dá certo, a collab parece um encontro perfeito, algo que nenhuma das marcas conseguiria entregar sozinha. É parte inovação criativa, parte estratégia de marketing, e totalmente focada em gerar impacto.
Mas será que collabs fazem sentido do ponto de vista de negócios? Com certeza!
Benefícios das collabs entre marcas
Alcançar novos públicos e mercados
Um dos maiores ganhos com uma collab entre marcas é a possibilidade de atingir novos públicos sem ter que começar do zero. Ao se unir, as marcas acessam a base de fãs uma da outra e às vezes até novos mercados.
A marca brasileira de calçados Melissa, por exemplo, tem uma longa história de collabs que ajudaram a abrir portas no mercado internacional. Parcerias com nomes como Jason Wu e Hikaru Matsumura foram fundamentais para a entrada na Ásia. Em vez de forçar a entrada, a marca chegou acompanhada de nomes que o público local já amava.
Essa estratégia vale para todos os lados: uma grife de luxo colabora com uma marca de streetwear? Ganha pontos com a Geração Z. A marca de streetwear? Ganha projeção global. Tudo gira em torno de encontrar o público certo e gerar confiança de forma rápida.
Além disso, uma boa collab pode mudar a percepção sobre sua marca: uma rede popular pode parecer mais exclusiva, e uma marca de luxo pode parecer mais acessível. Quando há autenticidade, todo mundo ganha.
Gerar hype e impulsionar as vendas
As collabs de edição limitada costumam enlouquecer o público. Elas viralizam nas redes, disparam o tráfego dos sites e criam um senso de urgência difícil de replicar com lançamentos tradicionais. E essa urgência move estoques rapidamente.
Um exemplo lendário é a collab da Supreme com a Louis Vuitton em 2017. Fãs acamparam por dias, a polícia precisou encerrar eventos de lançamento e tudo se esgotou em minutos. Os itens foram revendidos por até 10 vezes o valor original.
Esse tipo de alvoroço não é incomum. Lançamentos colaborativos costumam derrubar sites, gerar listas de espera e transformar consumidores comuns em caçadores de lançamento. Quando a Target lançou uma collab com Lilly Pulitzer, o site saiu do ar em minutos por causa do volume de acessos. Já a The North Face atribui o aumento nas vendas a collabs com Supreme e Gucci.
Inovação e vitalidade para a marca
Além do hype, collabs ajudam as marcas a se manterem inovadoras.
Ao colaborar com designers, artistas ou até redes de fast food, marcas ganham liberdade para experimentar. Novas ideias, novos produtos e uma forma de mostrar ao consumidor que a marca não está presa ao mesmo de sempre.
Collabs são um convite à experimentação, seja de novos designs, formatos ou até materiais. Para o fã fiel, é uma forma de descobrir a marca sob uma nova perspectiva. Para marcas maduras ou em declínio, podem ser o gás que faltava.
Veja o caso da Crocs. A marca popular entre chefs viu sua fama diminuir nos anos 2010, mas deu a volta por cima com parcerias inusitadas e ousadas. Post Malone, KFC, Balenciaga, Salehe Bembury, a lista é longa. A collab entre Crocs e Balenciaga, por exemplo, com Crocs de salto alto, gerou um buzz global e reposicionou a marca como ousada e divertida, especialmente entre Geração Z e millennials.
Como fazer uma collab entre marcas com sucesso
Criar uma collab de impacto exige muito mais do que juntar dois logos. Se você está considerando lançar uma coleção colaborativa ou produto exclusivo, é preciso planejamento e alinhamento entre os parceiros.
Veja os principais passos para criar uma collab bem-sucedida:
1. Defina objetivos claros
Toda collab precisa ter um propósito. Você quer atingir um novo público? Entrar em um novo mercado? Reposicionar a marca ou impulsionar vendas rápidas?
Esses objetivos guiarão desde a escolha do parceiro até o tipo de produto e a narrativa da campanha. Sem isso, há o risco de lançar algo sem relevância ou desalinhado com sua marca.
2. Escolha o parceiro certo
Busque marcas que compartilhem valores e que falem com o público que você deseja atingir. A sinergia entre as marcas é essencial. Mas também é importante que elas tragam forças complementares.
A The North Face, por exemplo, procura parceiros com os mesmos valores, mas que ofereçam algo que a marca não tem, como sofisticação no design.
3. Cocrie um produto e uma história memoráveis
Apenas colocar dois logos no mesmo item não basta. O ideal é criar algo que as pessoas realmente queiram usar.
Trabalhe em conjunto com o parceiro para misturar elementos das duas marcas: materiais, silhuetas, estampas, cores. A Melissa, por exemplo, convida estilistas a reinterpretar suas icônicas sandálias de plástico, mantendo a essência de ambas as marcas.
E não esqueça do storytelling: conte ao público por que essa parceria é única. Qual universo essa collab representa? Qual a narrativa por trás da criação? Isso é o que atrai a atenção da mídia e cria conexão com o público.
4. Planeje o lançamento: preço, distribuição e exclusividade
Collabs costumam ter um preço mais elevado, então a precificação precisa refletir esse valor sem afastar o público.
Releases limitados e drops em horários específicos ajudam a gerar exclusividade. Pense se vale mais lançar poucos itens para gerar desejo ou uma tiragem maior para aumentar a receita.
Distribuição também é essencial. Muitas collabs são vendidas nos canais próprios das marcas ou em varejistas selecionados. Decida desde o início se será um lançamento regional ou global, e se ambos os sites venderão os produtos. Coordenação entre os canais ajuda a ampliar o alcance.
Ah, e lembre do lado técnico: lançamentos com tráfego alto podem derrubar seu e-commerce. Sistemas de fila ou salas de espera virtuais ajudam a evitar isso. Trate sua collab como um grande lançamento, porque para o consumidor, ela é.
5. Crie uma estratégia de marketing conjunto
Planeje o marketing da collab de forma integrada com o parceiro.
Comece com teasers misteriosos, posts visuais, e-mails com prévias e parcerias com influenciadores que façam sentido para o público-alvo. A Melissa, por exemplo, já trouxe nomes como Iris Law para collabs com foco em Gen Z.
6. Meça os resultados e pense no longo prazo
Depois da empolgação inicial, é hora de analisar os resultados. Vendas, tráfego, engajamento, percepção da marca.
Você alcançou seus objetivos?
Talvez tenha conquistado novos consumidores ou batido recordes de receita. Esses dados são valiosos e ajudam a identificar o que funcionou e o que pode melhorar.
Se a collab foi um sucesso, pense em repetir. Algumas marcas lançam segundas edições ou até criam linhas fixas em parceria. Se a sintonia foi boa, mantenha o relacionamento. E se algo saiu do esperado, aprenda com isso para ajustar sua estratégia nas próximas.
Siga com estratégia clara
Collabs entre marcas são uma forma criativa e eficaz de gerar vendas, alcançar novos públicos e manter sua marca em destaque.
Mas para ter impacto de verdade, é preciso começar com objetivos bem definidos, escolher o parceiro certo e planejar um lançamento que gere conversa e desejo.
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